22 maio 2006

NO REINO DE "BIBLOS"( 5) - Bücherverbrennung

BÜCHERVERBRENNUNG
A Queima de livros: 10 de Maio de 1933


Bücherverbrennung significa em Alemão literalmente queima de livros. É um termo muitas vezes associado à acção propagandística dos Nazis, organizada entre 10 de Maio e 21 de Junho de 1933, poucos meses depois da chegada ao poder de Adolf Hitler. Em várias cidades alemãs foram organizadas nesta data queimas de livros em praças públicas, com a presença da polícia, bombeiros e outras autoridades. Estudantes, em particular os estudantes membros das Verbindungen, membros das SA e SS participaram nestas queimas. A organização deste evento coube às associações de estudantes alemãs NSDStB e a ASTA, que com grande zelo competiram entre si tentando cada uma provar que era melhor do que a outra. Foram queimados cerca de 20.000 livros, a maioria dos quais pertencentes às bibliotecas públicas, de autores oficialmente tidos como "pouco alemães" (undeutsch).
Entre os livros queimados pelos Nazis contavam-se obras quer de autores falecidos como também contemporâneos, perseguidos pelo regime, muitos deles tendo emigrado. Na lista encontramos entre outros:
Thomas Mann, Heinrich Mann, Walter Benjamin, Bertold Brecht, Lion Feuchtwanger, Leonhard Frank, Erich Kästner (que anónimo assistia na multidão), Alfred Kerr, Robert Musil, Carl von Ossietzky, Erich Maria Remarque, Joseph Roth, Nelly Sachs, Ernst Toller, Kurt Tucholsky, Franz Werfel, Sigmund Freud, Karl Marx, Heinrich Heine,
Oskar Maria Graf não foi incluido na lista. Para seu espanto, os seus livros não foram banidos como até foram recomendados pelos Nazis. Em resposta, ele publicou um artigo entitulado "Verbrennt mich!" (queimem-me) no jornal "Wiener Arbeiterzeitung" (jornal do trabalhador vienense). Em 1934 o seu desejo foi tornado realidade e os seus livros foram também banidos pelos Nazis.
Em
Munique foi usada a Königsplatz, no dia 10 de Maio de 1933 . Em Berlim a Opernplatz.
FONTE:
Wikipedia: História da literatura/Nazismo